"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto." Bernardo Soares - Livro do desassossego
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
O nosso perfeito coração
Pelas palavras de vento
Em brisa ou ventania
Por esses caminhos verdes
naturalmente pecorria...
E lembrei!
Perfeito o nosso coração
Que por vezes sabemos ser
Perdidos e sem razão
loucos por assim viver!
E são abraços e são beijos
doces promessas presentes
ritmos de fado ou de tango
abrasam os corpos quentes
E a saudade quando não estás,
A tua voz a tua mão ausente
Procuro-te bem dentro de mim,
Ai estás sempre presente!
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
Alma de vidro partido
A tua alma de vidro partido
feriu de morte o meu coração!
Agora arrasta-se tão dorido
sem vida, sem força e sem razão...
Que posso dizer do Amor fluente
que brotava dessa fonte segura?
E alegre corria livremente
Agora triste de tanta amargura.
Olho-me ao espelho e já não te vejo,
Corro por ti e não te alcanço,
Meus olhos perderam rumo e norte!
Por vezes, de febre, surge um lampejo
E por ele, cega, tento e avanço...
Oh dor tamanha! É perda e morte...
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Palavras
As palavras são presentes
São sinais...
Ás vezes prudentes,
Ás vezes mortais
Mas nunca muros de miragem
Sempre vestem a roupagem
Das ideias ou sentimentos
Ás vezes também lamentos...
Mas eu nunca as abandonei!
Por elas sempre serei
Paladina dos meus tormentos...
Nesse jardim de tempestade
O sonho e a vida transforma
E acima de qualquer vontade
Ganha força, alma e forma
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