"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto." Bernardo Soares - Livro do desassossego
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Intervenção
Há desculpas que são de dor,
Outras são de se perder...
No sentimento não há calor,
Porque está para morrer.
Da luz se fazem os dias,
A noite faz-se do escuro,
do amor que parte... saudade,
da mentira constrói-se um muro!
Há quem acuse o inocente,
para assim se esconder,
O ataque é a melhor defesa,
mas já está a amanhecer...
E mesmo que não amanheça,
de todo, completamente...
haverá uma estrela ou outra,
Uma centelha no firmamento,
que nos lembrará a verdade
e da vida será fermento...
Onde estão os ideais?
Conspurcados pelo chão,
assolados pelas palavras,
que deles tiraram razão.
Onde estão esses valores,
Defendidos com vigor?
Chacota dos incautos
Caíram em desamor…
Hipocrisia e desdém
Fingindo paixão outrora
Sujo passado recente
queima a vida agora!
E hoje como evitar
O abismo da indiferença?
Não há abrigo na mentira
Nem esperança na descrença.
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1 comentário:
GOSTEI, ESTOU DE ACORDO: NÃO HÁ ABRIGO NA MENTIRA NEM ESPERANÇA NA DESCRENÇA.
A QUESTÃO É PROCURAR A VERDADE E A FÉ.
JINHOS. TUA MÃE.
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