"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto." Bernardo Soares - Livro do desassossego
quarta-feira, 7 de novembro de 2012
Meditações
Disse-te adeus na estrada apinhada,
De barulhos, vozes e quase nada
Do silêncio em que vivi…
Disse-te adeus e ninguém sabe,
Disse-te adeus e sorri
Do desejo acabado e usado
Que se liberta de ti.
Na amarela luz da rua
Na noite cinzenta e fria
Brilha no chão molhado
O sabor da melancolia
Há um sopro de vento vazio
Que invade toda a rua
Aconchego a manta ao corpo
Afinal acordei nua…
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário