"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto." Bernardo Soares - Livro do desassossego
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Cai a neblina...
Cai neblina por cima do dia
Miudinha, triste, persistente
Não dá para chorar e a gente
Acomoda-se á melodia
Tudo fica bem no silêncio
Educa-se coração e olhar
A rotina é como verdete
Não se vê se não se limpar
Dá-se uma volta pela praça
Dá-se uma volta pela praia
Olha-se desconfiado o tempo
Que o frio está de atalaia
O Outono chegou de repente
Bem dentro do coração
Já caiu a folha da alma
O vento assobia em vão…
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