quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Labirinto


Voou de mim, por ti
E nem sei porquê
As vezes, perco-te a ti
Outras, a mim também crê
Trazes em ti tanto azul
De serenidade incerta
Na noite mil vozes caminhas
Será essa a tua meta?

E é numa total revolta
Mas sem fazer muito exagero
Que te vejo perpassar
Recordações com muito esmero
Revolta de mim própria
Por te estar a encontrar
Numa estrada sem volta
Onde só posso chorar…

Porque a vida já vai longa
Chorar de puro cansaço
Sufocada em gelo que possa
Apagar o meu embaraço
De momentos como o de hoje
Em cruas luzes volteio
Sempre encadeada
Entre ti e mim de permeio

O que se passa contigo?
Não me canso de perguntar
A resposta está comigo
E nada tem de vulgar…

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