sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Comentário


É no silêncio dos teus belos olhos,
Olhos de mar, de relva e de sonhos
Que surgem caminhos por estriar
E há sempre um ali para alcançar!

É no teu braço de rei sem abrigo
Braço seguro, amante e amigo
Que se escrevem as letras do diário
De um caminho nosso, solidário…

É da tua voz, de som tão puro,
Que palavras de melodias certas
São o farol de um porto seguro!

Venham tempestades ou cometas,
Loucuras de rasto, fogo escuro,
Haverá sempre luz, onde há Poetas!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Canção


De penas e voltas
Nas voltas as penas
E as penas que trazes
Não são tão pequenas

Voltas que voltas
Lá está outra onda
E outra montanha
De face redonda

No devir deste rio
Outra água virá
Será sempre a mesma
Corrente acolá…

E aqui, aqui mesmo
Não desfaças o sonho
Embala o bebé
Que no berço eu o ponho

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Não entres...


Não entres tão depressa nessa noite escura
Onde não me confesso, nem te guardo
Onde a vida de longe me devora
Em idas e fugas sem retorno...

Não entres tão depressa nessa noite longa
Onde mergulho sem sofrer,
Onde me desfaço e desembaraço
Onde vivo e vou morrer...

Não entres tão depressa nessa noite triste
Em que as cores são de cinza
Em que o frio queima os ossos
Em que era bom desaparecer...

Não entres tão depressa e não tropesses
Que a estrada já vai tão longa
E ainda falta tanto para o amanhecer...

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