domingo, 29 de novembro de 2009

Desespero


Não existe luz no horizonte
Não há absolutamente nada
Minha alma morre acorrentada
Pelo espaço ermo do monte

Respirando a humidade abafante
De um sonho que foi já condenado
É ferida pungente, palpitante
trapo velho frio e acabado

Eu já percorri todos os caminhos
Rasguei os pés em todos os espinhos
bebi veneno de todos os vinhos

Tenho o meu rosto por linhas marcado
De todos os erros do meu passado
Morre agora fantasma amordaçado!

Mais uma cena burlesca
do nosso quotidiano...


Caminhava mulher roliça
com seu filho pela mão
já no final do tempo
barriga rente ao chão...

O marido altaneiro
caminhava mais á frente
E, como galo em poleiro
Abria o cortejo imponente!

Então uma luz ilumina
Algo em sua visão
uma bela que caminha
de sandália rente ao chão

Com graça e desenvoltura
no seu andar apressado
ela nem vê quem a olha
no seu vestido plissado

mas ele de olhar quente
mais quente que o sol
percorre todo o seu corpo
e faz um sorriso mole

a mulher vê e acordada
apesar do corpo dormir
não julga a cena apressada
e deixa o tal do marido ir…

É que nem de todo o tempo
Fica o tempo que se tem
Vão passando os dias
E o futuro é mais além…

E o novo filho que mexe
Bem dentro do seu ventre
Mais força dará á Mãe
Que o sustenta e o sente

O filho que a faz tão bela
A mulher roliça agora
Ilumina o dia a Mãe
Mesmo antes da sua hora!

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Poema para Luiz


Amo-te Mar de infinita ternura,
És todo um sonho de cor transformada
És Tu, que desde o berço á sepultura
Trazes minha alma presa… fascinada!

Amo a tempestade do teu olhar…
O perder da noção de espaço-tempo
O saber estar contigo, sem estar
Respirar vis-a-vis o mesmo vento…

Amar-te é ter um tesouro escondido,
É ser parte da lenda que Tu és,
É acordar sorrindo à madrugada,

É ter algo que se encontra perdido
É ter uma só sombra aos nossos pés,
Seres em mim quase tudo! Ou, quase nada…

Pausa


Hoje apeteceu-me a cor dos montes
O verde sonho da minha infância
A frescura molhada da voz da Avó
A morena passando e levantando pó
O som do piano, escalas dedilhadas,
Tantas vezes repetidas e trocadas…
A prima com devaneios de adolescente
Os risos da pequenada na nascente

Num profundo suspiro vejo adormecer
Meu filho em paz, sobre a almofada
Sobre o armário, um velho retrato
Meu olhar pousa nele com recato
Espanto das vezes que aqui passei
Nem me lembro quando o vi e lhe falei

Hoje o nada tem a ver com tudo,
Melodias sucedem-se sem parar
Num mundo parado, amado e antigo
Retorno a casa e de bem comigo
Faço uma pausa para poder voltar
Agora vou… para enfim, descansar.

Doce Amigo


Estranha história a que te vou contar
De uma borboleta que nasceu crisálida
E nunca, na sua vida, quis mudar…
Olhava para o céu, mas para si dizia
Que era para as estrelas e para as aves
E que ela, pobre de si, pequenina,
Devia ter juízo e por entraves.

Mas lá fora estava toda a sua alma
E da crisálida que fora, uma prisão, uma quimera…
Adormeceu no chão e, por estranho desengano
Acordou renovada em plena Primavera

Mas o destino quis, que desgraça a dela,
Mais uma vez ser mau e brincar consigo
E por detrás do sonho colocou uma janela
Com vista para Ti, meu doce e suave Amigo

Ternura


Ergue o olhar desta dor nocturna
Que em espasmos se partilhava sozinha
Em cada respiração impossível
Em cada quietude indizível
Em cada lágrima vizinha

Ergue o olhar dessa dor-loucura
Que era toda minha sendo tua
Em cada hora se multiplicava
Em cada segundo se entoava
Em estilhaços, miragens e ternura

Ergue o olhar e vê
Com esse teu olhar de menino
A esperança que te queria dar
O amor que as vezes não sei cantar
Mas esta noite não estiveste sozinho

Um doce bom dia...


Uma vida simples
Um amor feliz
Uma doce saudade
O que sempre quis...

Uma mão quente
Aberta em ternura
e, quando ausente,
da volta segura...

Uma certeza
Sem dor incerta
de que a beleza
é uma descoberta

Uma alma firme
Um bom coração
Que sempre imprime
Na vida união

Um doce alento
um suave olhar
rapido a sentir
lento a julgar

Uma voz firme
em valores segura
companheiro de sonhos
que afasta a amargura.

Deixo-me levar por sonhos
Sem pesadelos medonhos
Porque eu sei que vou ter
De um dia aprender a viver.

Efémero


Pela poesia tenho mais de que inventado
Um mundo de sonho que vivo para mim
Do assombro da morte a vida que reponho
Na cor, no som, na flor e no jardim…

Qual borboleta leva com asas de sonho
O pólen da experiência de flor em flor
A cor dos dias, necessária liberdade
Do efémero vento nas ondas de calor

Senão, apenas o eco da saudade
Não espero jamais do que do mundo vem
Da paisagem de tempo construir assim
Um reino de mim que a realidade não tem

Voa por mim com um sorriso breve,
Disfarça a negra noite na quimera,
Mostra-me belo somente o teu amor…
Para que possa viver de eterna primavera!

Desencanto


Da luz dos teus olhos fiz a minha escora
E por eles trabalhei, sem sentir a demora,
Que o tempo passado, nos teus braços ficou
Parada a alma que meu corpo enlutou

Da tua estrada fiz o meu caminho
Da luta diária…
Um murmurar constante… baixinho
De longe…
Apressei o meu tempo, engoli as manhãs
O sonho…
A ti retornar, mas são só esperanças vãs…

Pela engenhosa luz que dos teus olhos via
Suplico a magia que no meu coração sufoque
A melodia da encantada flauta que por ti sorria

Vinda de uma noite maior que o próprio dia
Nada há de mais triste, qual real sina de morte
Da minha alma que cantava, enquanto a tua adormecia.

Silêncio


Silêncio...
Com a paz junto de mim,
Pude sorrir, pude pensar...
Por vezes, só tu lembrança em mim
tem de bastar....
Anoiteceu
Uma noite a mais
Em que a tua voz
brincou silenciosa
por uma dor presente
que não pressente
forma de mitigar
Amanheceu
Um dia a mais
na transparência da manhã,
uma flor surgiu difusa
nesta visão confusa
ausência presente em meu olhar!

Labirinto


Voou de mim, por ti
E nem sei porquê
As vezes, perco-te a ti
Outras, a mim também crê
Trazes em ti tanto azul
De serenidade incerta
Na noite mil vozes caminhas
Será essa a tua meta?

E é numa total revolta
Mas sem fazer muito exagero
Que te vejo perpassar
Recordações com muito esmero
Revolta de mim própria
Por te estar a encontrar
Numa estrada sem volta
Onde só posso chorar…

Porque a vida já vai longa
Chorar de puro cansaço
Sufocada em gelo que possa
Apagar o meu embaraço
De momentos como o de hoje
Em cruas luzes volteio
Sempre encadeada
Entre ti e mim de permeio

O que se passa contigo?
Não me canso de perguntar
A resposta está comigo
E nada tem de vulgar…

Ao Vento


Há algo no ar ultimamente...
Algo que não entendo, mas que se sente,
não sei se na alma ou no coração,
mas é um tom a mais de emoção!

É sim, uma emoção de bem querer,
Como se o tempo se repartisse ás vezes,
no tempo em que te vi e te vou ver...

Não é um grito, não é sequer uma voz,
Apenas um sorriso,
Há algo de vivo entre nós!

Algo que não domina e não magoa,
que nos deixa viver livremente,
e que o vento vai levar a toa,
tal como trouxe de repente...

Mas, se da semente nascesse flor,
se encontrasse algo mais que um amigo,
Para o que o vento lançou em nós,
Pensas, encontravamos abrigo?

Na estrada...


Afasto-me para assim ver melhor
E ter uma nova perspectiva
Um hiato dá-nos, não a morte,
Mas renova toda a nossa vida!

Quando no dia a dia abafamos
Aqueles nossos pressentimentos,
Então, reduzimos a quase nada
Rumo recto dos nossos pensamentos

A vida precisa de paragem
E, tal como vemos na auto-estrada,
De portagem, sinal de proibido…

De revisão, pontos de viragem
Vão-se ideais na vida apressada…
Paro! E sei o que é permitido!

Ups...



Foi-se... findou!
Nem sei se valeu a pena...
Não importa o que pensei
já que a estrada foi pequena!

Um tempo que acabou
No meu e teu olhar
Respiro fundo!
Apenas alguém,
que nunca soube amar...

repete as mesmas palavras
Envelhecidas, estafadas,
de tanto as dizeres sem pensar

A agonia é demasiadamente grande
para conseguir resistir
Entende!
Foi um engano
Eu nem te consigo ouvir!

A lua...


A lua recorta o azul
e deixa ver
As sombras projectadas
do entardecer...

Nesta paz concreta
Imagino o horizonte
em névoas sombrias
para lá do monte...

Depois do calor do dia
o que trago sempre comigo
é esta melancolia
de uma paz sombria
que me faz irmã do vento...

Não um vento apressado
frio ou quente
mas um vento silêncio
que mal se sente

Sonho acordada
Com a branca lua
Mas sou chamada
por alguém… na rua....

Negro


Forjei a minha alma em Esparta
Em céu de ferro fundido
Limei meu coração com a faca
Com que matei um foragido
Não tenho realmente pena
De nada, nem de ninguém
Sou assassino a sangue frio
Exulto a lava de salém!

Criei um jogo inventado
Com regras só para mim
Todos à minha volta o perderam
Apenas eu o venci!

E agora solitário e pleno,
Riu de tudo a meu jeito
Beberei da taça o veneno
Preparado para o meu peito

Ao meu menino - homem


Do seu longinquo reino cor-de-rosa
Voando pela noite silênciosa
A fada da criança vem, luzindo
Papoilas a coroam e a cobrindo
Seu corpo todo a tornam misteriosa...

À criança que dorme chega leve,
E, pondo-lhe na fronte a mão de neve,
os seus cabelos de ouro acaricia
E sonhos lindos, como ninguém teve,
A sentir a criança principia...

E há figuras pequenas e engraçadas
que brincam e dão saltos e passadas...
Mas vem o dia e, leve e graciosa,
Pé ante pé, volta a melhor das fadas
Ao seu longínquo reino numa mimosa

Irritação


Antes de mais
Cumpre observar
que a verdade
está sempre no ar...

Antes de tudo
convem determinar
que nenhum facto
se fecha ao olhar

Mas antes de saber
o que descobriste
a caixa de Pandora
pensas que abriste!

Com que direito
pergunto afinal
se neste contexto
tu ficas tão mal...

Todos os assuntos
com novo aspecto
puzzel entornado
diverso e sem nexo...

Eu não respondo
E não pergunto
Não me imponho
Muda de assunto

Perguntas e mais perguntas
perguntas e perguntinhas
deixa o passado em paz
São coisas só minhas!

Desliga-me o fuzivel
fica o caldo entornado
de cada vez que voltas
revoltas o mesmo fado.

E um nervo miudinho
sobe a coluna vertebral
nem sei o que te dizer
vai a ternura, fica só mal

E uma profunda tristeza
invade o meu coração
onde existia tanta beleza
ficou só muita irritação

Loucura


Vez a aparecer do outro lado
Por cima ou debaixo da chaminé
Reparte pela sala e no termo
Alerta! já deu o lamiré...

desdobra do outro lado da esquina
Porque volta... É a sina
Bate tristemente... São horas
Fala calada... desbota condenada
passou e respira... É das demoras

Sabes do que escrevo ou do que falo?
Saberás um dia melhor do que eu...
Guarda, em ti, então estes sinais
Por montes de terra ou arrozais
brancos linhos de mortalha rota

Pontes de Areia


É por estes os caminhos
que nos levam nossos corações
Ambos nascentes, ambos vizinhos
de paralelas e diferente emoções
É por vezes calados, que sentimos
O que nos mantem na mesma estrada
de piso suave ou quase irada
de mãos dadas vamos, somos dois...

Encostada a ti, sinto teu coração bater
E imagino teus olhos para os ver
e nesse encanto, são como dois sois
que iluminam serenos o meu viver

Mas não há serenidade na nascente
que desfaz as pontes de areia
daquilo que aproxima ou desencadeia
a mudança da lua permanente...

Eu sei, algo de novo está para acontecer
pressinto-o com toda a minha alma
não sei se me doi ou quase acalma
fecho os olhos... É hora de adormecer...

Terna noite



Andava algures
à solta na madrugada
Um pesadelo
de alma magoada,
mas ouviste e acudiste
de mansinho
E eu, que nem sei dizer
porque suspirava
só sei que acordei
e, senti-me amada...

Colada à vidraça do pensamento
recordo os meus sonhos pelo vento
da tua voz que os canta em segredo
das voltas em que volto do degredo...

Pingo a pingo
gota a gota
A chuva cai
bem de mansinho
ritmo singelo
miudinho
terna é a noite
que volta...

Aos meus Filhos…



Há um som de piano dormente…
Que embala o Francisco docemente…
Há uma chuva que lá fora cai
Uma tristeza que de dentro sai.

Sai, mas persiste, densa neblina
Que nos envolve como uma cortina
E ao berço que eu estou a construir
Não sei se para ficar, ou para ir…

Há um bebé que assim vai crescendo…
Um rapaz que é todo ao seu jeito
E que me dá vontade de sorrir!

Levanto os olhos e vou prendendo
Ao meu olhar os Amores mais ao peito
Gonçalo e Francisco que está p`ra vir…

Um velho a comer pão...



Um velho a comer pão...
Singelo quadro
em meus labios brota
volta da volta
de uma visão agreste
do sorriso do velho
que come o ávido pão...

E de repente nesta visão tão pura
tão real, tão verdadeira e dura
penso na vida vivida por mim... por ele
E de meus olhos brota uma água imensa
sem arrependimento e sem perdão...

Perco-me de mim e, não sei se choro
por todos, por ele ou por mim
só sei que não encontro consolo
na vida perdida ou encontrada... por fim
Sonho apenas com a criança-saudade

que todos os dias vejo morrer assim

Que foi feito de nós? de mim e de ti?
do mundo que sorria, acreditava
que foi feito de ti menininha
que o sol tingia e acariciava...

Mas só o velho mendigo mastiga
junto com a broa a sua condição,
do mundo pulha que troca
Juventude e sonhos... por pão

Primavera


Borbulha e é céu cintilante
de uma força que vem pelos sentidos
e nas voltas da vida há os brilhos
de um mar de estrelas flutuante

E eu sou agora a clara tarde
a tarde que teima em permanecer
e num sonho liberto adormecer
dum respirar pleno que ainda arde

Arde, mas de alegria, dor, visão
do renascer quente em doçura
E em mim somente a virtude

Da fresca simpática solidão
Da vontade d` Amar que é só ternura
Na ausência presente… plenitude!

Sofrimento


Muda e silenciosa é a noite
Que se procura de dia
Na visão de um tornado amarelo
Que ofusca e consome alegria

Mas ainda há luta em mim
Ainda há sonho
Para lá da cortina de chuva
É nessa visão que proponho
Com uma lanterna de esperança
Uma noite que procure o dia
Num túnel só de ameaça

Sentir a dura caminhada
Entre pedra cruel e afiada
Olhos tristes, nos lábios secos,
Ainda se bebe água salgada
E se ensurdece solitários becos

Podemos talvez lá chegar
Se o sonho não se arrepia
Mesmo com os pés doridos
Se a alma não vacilar
De tantos pesos sofridos

Podemos talvez lá chegar
Se for forte o coração
Mesmo no final da força
Se um abraço souber Amar
E num olhar se der a mão!

Sois que iluminam o Inverno...



Sois que iluminam o Inverno...
De tantas palavras que tenho
Algumas bonitas de te dizer
Outras de tão grande tamanho
Que nem o coração pode conter

Os sois que iluminam o Inverno
As luas que alimentam os sentidos
A lareira acesa e o luar sereno
As gotas de chuva… bocados tecidos
De sorrisos sinceros em vento ameno

A alegria em que guardo o teu regresso
Sempre novo e cheio de esperança
Nesse momento em que sempre esqueço
Que sou mulher e não uma criança

Novo, lindo, puro, vivo e branco,
Verde, doce e sem comparação
É assim que vejo o nosso Amor
Será parte da vida ou uma oração?

Viagens


No jardim das flores
De cores variadas
Respirar os amores
Em longas caminhadas

E depois do calor
De doces quimeras
Uma lamparina acende
Na noite de primaveras

De doces e leves sonhos
De ledas recordações
Bate o coração cansado
Sorrindo vida de ilusões…

Confusão


Melancolia
Ou melodia
Destino
Ou desatino
Nesta linha me encontro
Nela sei que me perco
Nesta linha suponho
Ter-me hoje descoberto…

Escrevo para perceber
Leio para me encontrar
Sonho e desperto
Acordo e vou ao mar
Não sei se fujo ou estou parada
Não sei se fico ou estou a andar
Só sei que sou miragem
Que vejo rir de outra margem
Mas estou aqui a chorar…

Ergue o Olhar!


Ergue o olhar desta dor nocturna
Que em espasmos se partilha sozinha
Em cada respiração impossível
Em cada quietude indizível
Em cada lágrima vizinha

Ergue o olhar dessa dor-loucura
Que era toda minha sendo tua
Em cada hora se multiplicava
Em cada segundo se entoava
Em estilhaços, miragens e ternura

Ergue o olhar e vê
Com esse teu olhar de menino
A esperança que te queria dar
O amor que as vezes não sei cantar
E que, esta noite, esteve sempre contigo

Alucinação


Minha alma é um vento que alucina
Meu corpo um para raios de emoções
Meu coração um astro de ilusões
Dia a dia, se esconde na rotina…

De um passado história sem memória
Duma escuridão cega faço frente
E respiro no vento do presente
Riso musgo do hálito de Mória

As fadas, os duendes transparentes
Os seus passos ressoam no terraço,
Os seus rostos estranhos e diferentes

Chamam por mim rindo, sem embaraço
Por galhos deslizam atraentes
No mundo deles sou, a mais um passo…

Ao meu Filho (G)


Doce filho de um Amor profundo,
do teu olhar faço os meus olhos,
por ti limpo a vida dos escolhos
e tu tornas mais lindo o nosso mundo!

Em ti tudo ganha alma nova
e, nas tuas perguntas de criança
sempre o claro canto de lembrança,
de que verdade é, não se renova...

Justo é o caminho em que me guias
onde quem educa é educado...
Brincas! E tudo é certo e verdadeiro!

És o sorriso de todos os dias!
Mesmo que, por vezes, muito cansado,
Irradia, por ti, o mundo inteiro!

Rosas Vermelhas




Adormeço agora enfim liberta
De um sonho que de mim se apoderou
Para além das sombras confusas
Um fio de água me guiou…
É medo ou amor o que bate a porta?
Teima e persiste em entrar…
Fecho a vidraça do pensamento
Nem fresta fica para ouvir cantar!

Que será de mim, sozinha?
Sem ti, para me despertar!
Das rosas vermelhas fica o perfume
Talvez este seja de embalar…

Um dia sim, talvez um dia
Eu possa enfim, acordar
Mas agora, o vento, medo frio,
Ruge na noite, apaga o luar!

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