"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto." Bernardo Soares - Livro do desassossego
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Ternura
Ergue o olhar desta dor nocturna
Que em espasmos se partilhava sozinha
Em cada respiração impossível
Em cada quietude indizível
Em cada lágrima vizinha
Ergue o olhar dessa dor-loucura
Que era toda minha sendo tua
Em cada hora se multiplicava
Em cada segundo se entoava
Em estilhaços, miragens e ternura
Ergue o olhar e vê
Com esse teu olhar de menino
A esperança que te queria dar
O amor que as vezes não sei cantar
Mas esta noite não estiveste sozinho
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