"Se escrevo o que sinto é porque assim diminuo a febre de sentir. O que confesso não tem importância, pois nada tem importância. Faço paisagens com o que sinto." Bernardo Soares - Livro do desassossego
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Ao meu menino - homem
Do seu longinquo reino cor-de-rosa
Voando pela noite silênciosa
A fada da criança vem, luzindo
Papoilas a coroam e a cobrindo
Seu corpo todo a tornam misteriosa...
À criança que dorme chega leve,
E, pondo-lhe na fronte a mão de neve,
os seus cabelos de ouro acaricia
E sonhos lindos, como ninguém teve,
A sentir a criança principia...
E há figuras pequenas e engraçadas
que brincam e dão saltos e passadas...
Mas vem o dia e, leve e graciosa,
Pé ante pé, volta a melhor das fadas
Ao seu longínquo reino numa mimosa
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