terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Observação


Compreendi que tinha entrado
Em sala trocada e sai
Pedi desculpa, foi errado
Sem querer, conclui.
Sempre fui “outside”
Sempre do outro lado da linha
Sempre tive essa dor só minha
Que me tem incomodado.

Nasci sem livro de instruções,
Sem marca, provavelmente
Para a avaria não há soluções,
Nem peça sobressalente

Dói-me a cabeça na alma
Tenho o corpo a dormitar
Pode ser que nesta calma
Possa os olhos fechar

Acho que vou até à serra,
Para ter saudades do mar,
Quando se tem uma quimera
Ajuda o tempo a passar

Assumo, vou-me arrastando
Fingindo até que sou eu
Alguns dias funcionando,
Outros, alguém que se perdeu.

3 comentários:

Braulio Pereira disse...

se me permites vou seguir-te

nem sei como vim a passear aqui mas gostei és simples mas transmites muito..
poesia da que gosto com poucas palavras mas intensas,, profundas

um beijo poético!!

TOP SECRET disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
rosa-branca disse...

Olá, quem é que não se sentiu assim algum dia? Eu muitos, pois há dias que nada faz sentido, e nesses, vamos procurando o sentido para os outros dias. Beijos

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