quarta-feira, 14 de abril de 2010

O rio mudado


Na infância o rio sonhado
tinha pedrinhas para saltitar
E por elas ir e atravessar
Margem a margem um espaço amado

Na água tocava só a brincar,
E por ele ia feliz, sorrindo
Nunca tropeçando ou caindo
Leves seus passos pareciam voar!

Crescendo a criança se perdeu,
Ou será o rio tão diverso,
Que as pedras em tristezas se mudaram?

Já não salta no espaço que era seu
Dos olhos chorosos, rosto disperso
As águas doces, salgadas ficaram.

5 comentários:

TOP SECRET disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Isabel Maguiar disse...

ás vezes os rios perdem-se e nunca irão ter ao mar.
Obrigada pelo comentário e pela tua atenção.
Isabel

Andradarte disse...

Apreciei o sentido do soneto...
Beijo

SCHWERIN DE SOUZA. disse...

Eu gostei muito!!!
Um beijinho da tua mummy.

SCHWERIN DE SOUZA. disse...

O rio Vez de Arcos de Valdevez...
O Avô também gostava muito de o atravessar pelas pedrinhas.
Outro beijinho. Tua mummy.

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