
Três horas sem te ver e o meu pranto
de negro me cobre num manto
não há riso, nem choro à alvorada
mas uma dor sofrida e abafada
Recordo de ti o cheiro... o peito
que me soube abrigar num doce jeito
mas, a tua ausência em mim doi tanto
que nem sei se quero este quebranto
Barreiras que constrois numa agonia
do sonho que calas, sem eu falar
tem tão pouca importância a alegria
que em meus olhos vês, mesmo ao chegar?
e, por ti que desfaleço em cada dia
Não sabes que doi muito assim amar?