quarta-feira, 3 de setembro de 2008

Clarividência




9 de Novembro de 2007


É numa letra
fado a fado
Na ampulheta
Com todo o agrado
Responde o tempo
É e não existe!
Só beija o espaço
do ser que é
Universo contido
Com nome seguro
Um corpo despido
Sozinho no escuro
Treme que treme
do frio que teme...
Frente ao muro
da noite contida
Uma inteira vida
na despedida
Para por favor!
Mas é fotografia
Responde a memória
que por pouco seria
Mas é condicional
O tempo que passa
às vezes é sinal
Outras ameaça...
Não penses, mas sente
Pensa a sentir
sente o que pensas
Morre a sorrir...
Ri-te a bom rir
Porque afinal
É uma anedota
Que nada endireita
Já nasceu torta
Não vive pela seita
Mulher que pensa
É uma aberração
Deveria estar
Na feira de Março
Ou numa estação!
Se ainda por cima
sente no feminino
Nada resulta
neste desatino...
Foge, mas volta
Vai para vir
Mas quando volta
Volta a partir...
Deixa-me ficar
À lareira do pensamento
A meditar...
... Em nada... No vento...

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